Minha Vênus

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A lágrima que encerra agora em mim
O sentido do amor, nesta saudade
- do mais parvo entre os parvos, do covarde -
É lágrima que soa qual clarim

Me convocando para essa dor sem fim.
Te busco, mas eu sei: não hei de achar-te.
Por que te abandonei, ó, minha Astarte?
Por que fui me exilar de teus jardins?

O vento em que flutuam teus cabelos
Levou-me e embriagou-me nos teus beijos
E renasci na luz de teu olhar.

É tanta, me cegou a luz de ti
E em teu perdido olhar eu me perdi.
Minha Vênus! Por que fui te deixar?

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