O Espelho

Author: Hélio /


As curvas refletidas neste espelho
Refletem, nuas, tudo o que eu desejo.
“É só o começo!” brada, qual clarim
Aquele espelho, e tudo o que me lembro
É que o desejo, transcendendo o tempo,
Era uma luz que despertava em mim.

E tudo que eu desejo é refletido
Naqueles olhos de prateado brilho,
Naqueles lábios tão especulares.
E que tudo que eu escuto é o que ele exclama,
(O espelho). E o corpo nu que em frente a cama
Desvenda as metafísicas verdades.

“É só o começo!” brada, pois, a mim
E a tal imagem, que sorrira, em fim
É o nada que eu me lembro, é o próprio tempo.
Em seu olhar de brilho prateadíssimo...
Naquele lábios via-me tão mínimo.
É só um espelho! Vendo-o, pois, trasncendo.

Aquilo foi meu novo nascimento
E nos reflexos inda me amamento.
Ainda há corpo nus, que frente o espelho

Refletem tudo e eu sou refletido.
Mas os lábios e olhos de mor brilho -
Só aqueles refletiram tudo o que eu desejo.

2 comentários:

Márcio Beckman disse...

Há algo de narcísico no reino da poética... (aqui parodio Hamlet).

Aninha disse...

Ei menino! Cadê os poemas para a sua homenagem? Mande por e-mail. awanawag@gmail.com
Beijos e sucesso sempre!

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